Antes de qualquer coisa, eu preciso dizer eu estou
completamente apaixonada por este livro.
Pronto! Agora eu já posso começar. Haha
Olá gurias e guris!
Sabe aqueles livros nos quais a leitura flui tanto que você
mal se dá conta de quando chega ao fim? A Probabilidade Estatística do Amor à
Primeira Vista é bem assim. O tipo de livro que você pega para ler em um
domingo de tédio ou durante uma viagem. É
aquele livro curtinho com a capa bonita que é uma delícia, que a leitura é leve, romântico e divertido que simplesmente flui e você não consegue deixar de ler.
Quem imaginaria que quatro minutos poderiam mudar a vida de
alguém? Mas é exatamente o que acontece com Hadley. Presa no aeroporto em Nova
York, esperando outro voo depois de perder o seu, ela conhece Oliver. Um britânico fofo, que se senta a seu
lado na viagem para Londres. Enquanto conversam sobre tudo, eles provam que o
tempo é, sim, muito, muito relativo. Passada em apenas 24 horas, a história de
Oliver e Hadley mostra que o amor, diferentemente das bagagens, jamais se
extravia.
A
Probabilidade Estatística do Amor À Primeira Vista, como o próprio título
entrega, é sobre amor e sobre as chances de ele acontecer inesperadamente, sem
avisos e carregados de “e se…?”. E se Hadley não tivesse perdido aquele
primeiro voo? E se os pais não tivessem se separado? E se Oliver tivesse
sentado em outro assento no avião e não naquele ao lado dela?
“Talvez os atrasos no decorrer do dia sejam apenas detalhes, mas, se não fosse por eles, teria sido por causa de alguma outra coisa.”
Prepare-se para conhecer a história de Hadley, uma americana
que se vê obrigada a viajar a Londres, para ser madrinha do casamento do seu
pai com a nova futura esposa.
Mas não pense que a garota é mimada e que vai
passar as 222 páginas do livro enchendo o seu saco por não aceitar que o pai
forme uma nova família.
O jeito com que a autora nos apresenta essa temática é
bastante diferente e tenho certeza que qualquer garota que tenha qualquer tipo
de conflito com os pais vai rapidamente se identificar. Isso porque, na
verdade, a temática é muito menos sobre pais que formam novas famílias e muito
mais sobre como as pessoas que amamos às vezes nos machucam e sobre como o
perdão pode ser difícil, mas necessário.
“O amor é a coisa mais estranha e sem lógica do mundo.”
Acontece que a viagem de Hadley já começa a dar errado antes
mesmo de começar: ela se atrasa quatro minutos e acaba perdendo o seu voo. E
aqui o livro começa a nos fazer o seu maior questionamento: “e se?”.
E se eu
preferisse filmes a livros? E se eu tivesse ido ao cinema, não à livraria? E se
eu tivesse escolhido outro livro e não “A Probabilidade”? Vocês já pararam para
pensar na quantidade de possibilidades que temos que enfrentar diariamente e em
como uma decisão tomada em quatro minutos pode definir quatro dias, quatros
semanas ou quatro anos da nossa vida? E se o pai de Hadley não tivesse se
mudado para Londres? E se ela não fosse ao casamento? E se ela não tivesse se
atrasado os benditos quatro minutos?
Quatro minutos. E é justamente por causa desse atraso que
Hadley acaba conhecendo Oliver. Ah, o Oliver… Ele é um dos caras mais
espirituosos que eu já conheci em um livro. O garoto é gentil, brincalhão,
galanteador, misterioso e tudo isso na medida certa. Comparações nem sempre são
bons artifícios de análise, mas preciso dizer: a personalidade dele me lembrou
muito a do Gus, de “A culpa é das estrelas”.
E apesar de ser absolutamente adorável, Oliver não está na história
apenas para preencher a cota de hiperventilações femininos”; com o passar da
história, o personagem mostra que além de ajudar Hadley, ele está lá para ser
ajudado, também.
“Oliver é como uma música que ela não consegue esquecer. Por mais que tente, a melodia do encontro entre os dois fica tocando na cabeça repetidamente…”
Mais da metade do livro se passa dentro de um avião e a
história inteira é narrada em 24 horas. Foi uma das colocações de espaço e
tempo mais interessantes que eu já vi e, vale contar, a autora faz uso desse
recurso sem ser enfadonha ou parecer que está enrolando para fazer a narrativa
render. Cada um dos acontecimentos flui de uma forma muito natural e, quando
você menos espera, terminou de ler o livro. É uma história leve, para ser lida
em um final de semana livre e que te deixa com uma sensação de ter conhecido um
livro simples e jovem, mas nem por isso menos instigador ou apaixonante. Confesso que li o livro em algumas horas e fiquei pasma quando vi que cheguei ao fim.
“Apesar de saber que não passava de uma coleção de minutos, um após o outro, nunca percebeu, como hoje, o fato de que minutos viram horas, de que meses poderiam rapidamente ter virado anos, e o quão perto esteve de perder uma coisa muito importante para o movimento incessante do tempo.”
Esse é mais um daqueles livros que ganha o meu coração de um
jeito, que nem sei explicar.
Eu não acreditava em amor à primeira vista até
conhecer a probabilidade estatística de isso acontecer.
E você, está esperando
o quê para se apaixonar também?
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