15 junho 2015

Resenha - A probabilidade estatística do amor à primeira vista.




Antes de qualquer coisa, eu preciso dizer eu estou completamente apaixonada por este livro.

Pronto! Agora eu já posso começar. Haha

Olá gurias e guris!

Sabe aqueles livros nos quais a leitura flui tanto que você mal se dá conta de quando chega ao fim? A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista é bem assim. O tipo de livro que você pega para ler em um domingo de tédio ou durante uma viagem.  É aquele livro curtinho com a capa bonita que é uma delícia, que a leitura é leve, romântico e divertido que simplesmente flui e você não consegue deixar de ler.

Quem imaginaria que quatro minutos poderiam mudar a vida de alguém? Mas é exatamente o que acontece com Hadley. Presa no aeroporto em Nova York, esperando outro voo depois de perder o seu, ela conhece  Oliver. Um britânico fofo, que se senta a seu lado na viagem para Londres. Enquanto conversam sobre tudo, eles provam que o tempo é, sim, muito, muito relativo. Passada em apenas 24 horas, a história de Oliver e Hadley mostra que o amor, diferentemente das bagagens, jamais se extravia.


A Probabilidade Estatística do Amor À Primeira Vista, como o próprio título entrega, é sobre amor e sobre as chances de ele acontecer inesperadamente, sem avisos e carregados de “e se…?”. E se Hadley não tivesse perdido aquele primeiro voo? E se os pais não tivessem se separado? E se Oliver tivesse sentado em outro assento no avião e não naquele ao lado dela?

“Talvez os atrasos no decorrer do dia sejam apenas detalhes, mas, se não fosse por eles, teria sido por causa de alguma outra coisa.”

Prepare-se para conhecer a história de Hadley, uma americana que se vê obrigada a viajar a Londres, para ser madrinha do casamento do seu pai com a nova futura esposa. 
Mas não pense que a garota é mimada e que vai passar as 222 páginas do livro enchendo o seu saco por não aceitar que o pai forme uma nova família. 
O jeito com que a autora nos apresenta essa temática é bastante diferente e tenho certeza que qualquer garota que tenha qualquer tipo de conflito com os pais vai rapidamente se identificar. Isso porque, na verdade, a temática é muito menos sobre pais que formam novas famílias e muito mais sobre como as pessoas que amamos às vezes nos machucam e sobre como o perdão pode ser difícil, mas necessário.

“O amor é a coisa mais estranha e sem lógica do mundo.”

Acontece que a viagem de Hadley já começa a dar errado antes mesmo de começar: ela se atrasa quatro minutos e acaba perdendo o seu voo. E aqui o livro começa a nos fazer o seu maior questionamento: “e se?”
E se eu preferisse filmes a livros? E se eu tivesse ido ao cinema, não à livraria? E se eu tivesse escolhido outro livro e não “A Probabilidade”? Vocês já pararam para pensar na quantidade de possibilidades que temos que enfrentar diariamente e em como uma decisão tomada em quatro minutos pode definir quatro dias, quatros semanas ou quatro anos da nossa vida? E se o pai de Hadley não tivesse se mudado para Londres? E se ela não fosse ao casamento? E se ela não tivesse se atrasado os benditos quatro minutos?

Quatro minutos. E é justamente por causa desse atraso que Hadley acaba conhecendo Oliver. Ah, o Oliver… Ele é um dos caras mais espirituosos que eu já conheci em um livro. O garoto é gentil, brincalhão, galanteador, misterioso e tudo isso na medida certa. Comparações nem sempre são bons artifícios de análise, mas preciso dizer: a personalidade dele me lembrou muito a do Gus, de “A culpa é das estrelas”.  E apesar de ser absolutamente adorável, Oliver não está na história apenas para preencher a cota de hiperventilações femininos”; com o passar da história, o personagem mostra que além de ajudar Hadley, ele está lá para ser ajudado, também.

“Oliver é como uma música que ela não consegue esquecer. Por mais que tente, a melodia do encontro entre os dois fica tocando na cabeça repetidamente…”

Mais da metade do livro se passa dentro de um avião e a história inteira é narrada em 24 horas. Foi uma das colocações de espaço e tempo mais interessantes que eu já vi e, vale contar, a autora faz uso desse recurso sem ser enfadonha ou parecer que está enrolando para fazer a narrativa render. Cada um dos acontecimentos flui de uma forma muito natural e, quando você menos espera, terminou de ler o livro. É uma história leve, para ser lida em um final de semana livre e que te deixa com uma sensação de ter conhecido um livro simples e jovem, mas nem por isso menos instigador ou apaixonante. Confesso que li o livro em algumas horas e fiquei pasma quando vi que cheguei ao fim.

“Apesar de saber que não passava de uma coleção de minutos, um após o outro, nunca percebeu, como hoje, o fato de que minutos viram horas, de que meses poderiam rapidamente ter virado anos, e o quão perto esteve de perder uma coisa muito importante para o movimento incessante do tempo.” 

Esse é mais um daqueles livros que ganha o meu coração de um jeito, que nem sei explicar. 
Eu não acreditava em amor à primeira vista até conhecer a probabilidade estatística de isso acontecer. 

E você, está esperando o quê para se apaixonar também?






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