15 junho 2014

Três rosas e um bilhete



 Foi em uma manhã nublada de Abril de 2013 que eu saí pela primeira vez com você. A primeira vez sem ter um ar apenas amistoso. A primeira vez que te beijei.
 Foi nessa mesma manhã que você passou em casa com sua bicicleta vermelha pra me dar carona à uma surpresa. Confesso que não gosto de surpresas. Não gosto de nada que me pegue desprevenida.
Gosto de premeditar cada passo. Mas foi impossível não aceitar um passeio misterioso em uma bike, no meio da cidade com direito a uma venda escura cobrindo meu par de olhos.
 Passei o caminho todo sentindo o vento, ouvindo suas risadas embaraçadas e a pergunta "e aí, quer desistir?", como se àquela altura do campeonato eu fosse pular de uma bike em movimento, correndo com uma faixa nos olhos de volta pra casa.
 Chegamos ao lugar, era um café. Meu café preferido. Mesas de madeira maciça, prédio antigo, decoração rústica e delicada ao mesmo tempo. Na nossa mesa haviam 3 rosas brancas e um cartão. Você foi ao balcão retirar nosso pedido pré-requisitado enquanto eu admirava aquilo tudo.
 No cartão estava escrito: Três rosas brancas para a alma mais pura que conheço. Uma rosa pro teu jeito lindo de ver a vida, uma rosa pra tua inteligência e a última pro nosso amor. Pois sei que em toda a minha vida, jamais encontrarei alguém com quem queira dividir tantas coisas quanto com você.
 Meu olhos marejaram. Eu reli o bilhete três vezes. Meu coração palpitou.
 Você chegou acompanhado de uma moça segurando uma bandeja com dois cupcakes e uma jarra de suco.
 Olhei pra bandeja e de novo pra você. Teus olhos brilhavam como eu nunca havia visto antes. O sorriso se esticava lindo por seu rosto viril. Corri pra te abraçar. Caí nos teus braços quentes e confortáveis. Minhas lágrimas rolaram uma após a outra sem parar, até que sorri, segurei seu rosto com minhas duas mãos e disse: Obrigada por ser quem é.
 E selamos a frase com os lábios.

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 renata massa