"Somente o amor irá salvar o mundo. Porque eu teria vergonha de amar?"
Olá!
Quanto tempo que eu não trago resenha de filme, né?
Pois bem, hoje eu trouxe a resenha de um filme super comentado e que ganhou o prêmio A Palma de Ouro no Festival de Cannes.
Assim que fiquei sabendo sobre esse filme, eu fiquei ansiosa para assisti-lo, porém, ele não passou nos cinemas convencionais.
E sim, eu enrolei muito para trazer a resenha dele.
Eu sou apaixonada pelo cinema francês.
O bom cinema francês é assim, sem enfeites nem subterfúgios
tecnológicos.
Apenas uma câmera focada no rosto do ator. Não tem para onde
correr.
Se o ator não tiver segurança na verdade que ele está dizendo através
do personagem, as lentes focadas vão desmascará-lo na hora.
Daí toda a tradição
do cinema francês na fabricação de excelentes atores.
E com este filme não é
diferente.
Neste filme há poucas cenas abertas. A maior parte é feita
com a lente focada nos rostos dos atores, deixando o telespectador ver cada
detalhe do rosto.
O filme tem uma passagem constante do individual para o
coletivo, e essa passagem é essencial, porque Azul é a Cor Mais Quente é um
filme sobre o desafio de tatear o mundo e de encontrar-se e identificar-se no
outro.
O filme mostra a história de Àdele e de sua fase de descoberta
sexual.
Uma adolescente urbana, linda e cheia de amigas. Namorando um cara
super legal e carinhoso.
E que por algum motivo tem a sensação que lhe falta
alguma coisa na vida.
E esse motivo ela descobre quando olha para os cabelos
azuis de uma jovem que cruza com ela pela rua. Aquela garota por algum motivo
não sai mais de sua cabeça. Até que as duas se reencontram e, daí, o enredo
começa a dar essas respostas de que ela tanto busca.
O filme tem algumas cenas de sexo, que totalizam 6 minutos mais ou menos em um filme de 3 horas.
Sim, são 3 horas de filme.
O filme tenta tirar toda a carga de vergonha, medos e
preconceitos no amor lésbico.
Como convidar outra pessoa para a sua vida pode ajudar você a se conhecer melhor?
O filme é muito político nesse sentido, porque
entende que achar-se no outro, mais do que combinar no sexo ou acreditar em
fantasias de "almas gêmeas", é uma questão de harmonia social.
Tentar dar uma ordem ao mundo é, no fundo, a grande aflição na vida de Adèle, e as cenas dela como professora no jardim da infância, alfabetizando crianças, dão conta desse esforço de organização, que obviamente leva a sucessões de frustrações. Nada se faz sozinho.
Ou seja, apesar de cenas fortes, na intensidade das cenas dá pra entender o porquê aquela intimidade é tão marcante na ligação daquelas garotas. O que pode refletir para qualquer casal, seja lá o gênero sexual que for.
Tentar dar uma ordem ao mundo é, no fundo, a grande aflição na vida de Adèle, e as cenas dela como professora no jardim da infância, alfabetizando crianças, dão conta desse esforço de organização, que obviamente leva a sucessões de frustrações. Nada se faz sozinho.
Ou seja, apesar de cenas fortes, na intensidade das cenas dá pra entender o porquê aquela intimidade é tão marcante na ligação daquelas garotas. O que pode refletir para qualquer casal, seja lá o gênero sexual que for.
Um drama excelente, maravilhosamente vivenciado
pela bela dupla de atrizes francesas Àdele Exarchopoulos e Léa Seydoux.
As duas se garantiram tanto que o Festival de Cannes, não
sabendo qual das duas foi a melhor, resolveu premiar as duas como melhores
atrizes. E foi muito bem merecido.
Realmente fui surpreendida pela interpretação delas. Uma
verdadeira escola de dramatização. E a atriz que interpreta a Àdele é linda
demais.
É um filme humano. Muito mais do que uma história gay, é uma
busca de uma garota por auto-conhecimento.
É também a história de uma relação a
dois (ou duas) com todas as facetas positivas e negativas. Fala de hipocrisia,
de lealdade, de tempo, de desgaste. Está tudo ali na tela. Humano, demasiado
humano.
Gosto muito de filmes comerciais americanos. Mas tem momentos
que meu cérebro clama por filmes de arte mais densos.
Então na medida que
posso, intercalo esses dois tipos de filme.
Para quem for se aventurar esteja desprendido de qualquer preconceito. E no mais, é aquilo que o cinema francês tem de
bom: impecáveis atuações!
Enfim, foi uma interessante experiência cinematográfica para
mim.
Assista abaixo ao trailer do filme "Azul é a cor mais
quente":
Espero que vocês tenham gostado e que assistam quando tiverem a oportunidade.
Beijos ;*
Depois do seu post falando sobre o filme fiquei com vontade de assistir, já tinha visto o trailer, porém, apesar de ser um filme premiado, achei meio monótono sabe? Achei que seria mais um filme falando sobre preconceito e bla bla blá.
ResponderExcluirbeeeijos querida, te seguindo, adorei o layout do blog haha, muito fofo.
http://feminicesdaloira.blogspot.com/
Eu ainda não vi esse filme, mas me falaram que é uma história linda '-'
ResponderExcluirHAA sem preconceito total.
ResponderExcluirVou adicionar na minha lista de filmes. beijos
bom final de semana amiga
jordanasarkis.blogspot.com
Ouvi criticas boas sobre esse filme! (:
ResponderExcluirSeu blog é tão lindo, omg, aquele unicórniooooooo!!!
Just morta! haha
Beijo
www.vitaminatrendy.com
Adorei sua resenha!
ResponderExcluirAcredita que por causa desse filme todo mundo acha que quem tem cabelo azul é automaticamente lésbica? hahaha
Beijos,
http://umablogueirapobre.blogspot.com.br
Oii,
ResponderExcluirJá tinha ouvido falar mais não cheguei assistir. Adorei tua resenha, muito completa e me deixou bem curiosa, meu namorado adora filmes franceses e com duração de mais de 2horas (sempre é mais que isso hahaha). |enfim, obrigada pela resenha. Assistirei assim que possivel
Beijinhos,
entrechocolatesemusicas.blogspot.com.br
EC&M
Eu estou querendo ver esse filme, mas ainda não consegui.
ResponderExcluirGostei da resenha.
http://www.pamlepletier.com/
Ótima resenha, tive uma ótima impressão pelo trailer do filme, pretendo assistir assim que puder.
ResponderExcluirhttp://aposasreticencias.blogspot.com.br/
Oie, tudo bem?
ResponderExcluirAdorei sua resenha,e escreveu tudo super direitinho e explicadinho! Eu não conhecia o filme, gostei!
beijos
www.izabellagrimaldi.com