30 maio 2014

Resenha/Filme: Azul é a cor mais quente.

"Somente o amor irá salvar o mundo. Porque eu teria vergonha de amar?"

Olá!
Quanto tempo que eu não trago resenha de filme, né?
Pois bem, hoje eu trouxe a resenha de um filme super comentado e que ganhou o prêmio A Palma de Ouro no Festival de Cannes.
Assim que fiquei sabendo sobre esse filme, eu fiquei ansiosa para assisti-lo, porém, ele não passou nos cinemas convencionais.
E sim, eu enrolei muito para trazer a resenha dele.





Eu sou apaixonada pelo cinema francês. 
O bom cinema francês é assim, sem enfeites nem subterfúgios tecnológicos. 
Apenas uma câmera focada no rosto do ator. Não tem para onde correr. 
Se o ator não tiver segurança na verdade que ele está dizendo através do personagem, as lentes focadas vão desmascará-lo na hora. 
Daí toda a tradição do cinema francês na fabricação de excelentes atores. 
E com este filme não é diferente.
Neste filme há poucas cenas abertas. A maior parte é feita com a lente focada nos rostos dos atores, deixando o telespectador ver cada detalhe do rosto.
O filme tem uma passagem constante do individual para o coletivo, e essa passagem é essencial, porque Azul é a Cor Mais Quente é um filme sobre o desafio de tatear o mundo e de encontrar-se e identificar-se no outro.



O filme mostra a história de Àdele e de sua fase de descoberta sexual. 
Uma adolescente urbana, linda e cheia de amigas. Namorando um cara super legal e carinhoso. 
E que por algum motivo tem a sensação que lhe falta alguma coisa na vida. 
E esse motivo ela descobre quando olha para os cabelos azuis de uma jovem que cruza com ela pela rua. Aquela garota por algum motivo não sai mais de sua cabeça. Até que as duas se reencontram e, daí, o enredo começa a dar essas respostas de que ela tanto busca.


O filme tem algumas cenas de sexo, que totalizam 6 minutos mais ou menos em um filme de 3 horas.
Sim, são 3 horas de filme.
O filme tenta tirar toda a carga de vergonha, medos e preconceitos no amor lésbico.

Como convidar outra pessoa para a sua vida pode ajudar você a se conhecer melhor?
O filme é muito político nesse sentido, porque entende que achar-se no outro, mais do que combinar no sexo ou acreditar em fantasias de "almas gêmeas", é uma questão de harmonia social.
Tentar dar uma ordem ao mundo é, no fundo, a grande aflição na vida de Adèle, e as cenas dela como professora no jardim da infância, alfabetizando crianças, dão conta desse esforço de organização, que obviamente leva a sucessões de frustrações. Nada se faz sozinho.
Ou seja, apesar de cenas fortes, na intensidade das cenas dá pra entender o porquê aquela intimidade é tão marcante na ligação daquelas garotas. O que pode refletir para qualquer casal, seja lá o gênero sexual que for.





Um drama excelente, maravilhosamente vivenciado pela bela dupla de atrizes francesas Àdele Exarchopoulos e Léa Seydoux.




As duas se garantiram tanto que o Festival de Cannes, não sabendo qual das duas foi a melhor, resolveu premiar as duas como melhores atrizes. E foi muito bem merecido.

Realmente fui surpreendida pela interpretação delas. Uma verdadeira escola de dramatização. E a atriz que interpreta a Àdele é linda demais.

É um filme humano. Muito mais do que uma história gay, é uma busca de uma garota por auto-conhecimento.
É também a história de uma relação a dois (ou duas) com todas as facetas positivas e negativas. Fala de hipocrisia, de lealdade, de tempo, de desgaste. Está tudo ali na tela. Humano, demasiado humano.




Gosto muito de filmes comerciais americanos. Mas tem momentos que meu cérebro clama por filmes de arte mais densos.
Então na medida que posso, intercalo esses dois tipos de filme.

Para quem for se aventurar esteja desprendido de qualquer preconceito. E no mais, é aquilo que o cinema francês tem de bom: impecáveis atuações!

Enfim, foi uma interessante experiência cinematográfica para mim.
    
Assista abaixo ao trailer do filme "Azul é a cor mais quente":


Espero que vocês tenham gostado e que assistam quando tiverem a oportunidade.

Beijos ;*

9 comentários:

  1. Depois do seu post falando sobre o filme fiquei com vontade de assistir, já tinha visto o trailer, porém, apesar de ser um filme premiado, achei meio monótono sabe? Achei que seria mais um filme falando sobre preconceito e bla bla blá.
    beeeijos querida, te seguindo, adorei o layout do blog haha, muito fofo.
    http://feminicesdaloira.blogspot.com/

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  2. Eu ainda não vi esse filme, mas me falaram que é uma história linda '-'

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  3. HAA sem preconceito total.
    Vou adicionar na minha lista de filmes. beijos
    bom final de semana amiga
    jordanasarkis.blogspot.com

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  4. Ouvi criticas boas sobre esse filme! (:
    Seu blog é tão lindo, omg, aquele unicórniooooooo!!!
    Just morta! haha
    Beijo

    www.vitaminatrendy.com

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  5. Adorei sua resenha!
    Acredita que por causa desse filme todo mundo acha que quem tem cabelo azul é automaticamente lésbica? hahaha
    Beijos,
    http://umablogueirapobre.blogspot.com.br

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  6. Oii,

    Já tinha ouvido falar mais não cheguei assistir. Adorei tua resenha, muito completa e me deixou bem curiosa, meu namorado adora filmes franceses e com duração de mais de 2horas (sempre é mais que isso hahaha). |enfim, obrigada pela resenha. Assistirei assim que possivel

    Beijinhos,
    entrechocolatesemusicas.blogspot.com.br
    EC&M

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  7. Eu estou querendo ver esse filme, mas ainda não consegui.
    Gostei da resenha.

    http://www.pamlepletier.com/

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  8. Ótima resenha, tive uma ótima impressão pelo trailer do filme, pretendo assistir assim que puder.
    http://aposasreticencias.blogspot.com.br/

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  9. Oie, tudo bem?
    Adorei sua resenha,e escreveu tudo super direitinho e explicadinho! Eu não conhecia o filme, gostei!
    beijos

    www.izabellagrimaldi.com

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 renata massa