Oláaaa, lindos leitores! Final de semana chegando, né, que tal uma excelente, linda, espetacular dica de filme?! Perfeito! E ainda tem livro pra quem gosta de estabelecer um paralelo. Hoje a matéria é sobre um filme que eu só vi oito vezes e li o livro uma vez só: CLUBE DA LUTA.
Sobre o enredo
Inesperado. Brilhante. Crítico.
Surpreendente. Intrigante. Quantos adjetivos mais seriam necessários para
descrever o fascinante enredo idealizado por Chuck Palahniuk e levado aos
cinemas por David Fincher?! Em suma, espetacular.
O que o faz tão
sensacional?! Bom... Sem muitos spoilers,
mas de maneira bem sucinta, o leitor/espectador vai de encontro com a vida de
Jack (para o cinema, o lindo, talentoso, Edward Norton; veja também a matéria sobre A Outra História Americana http://morfinagridoce.blogspot.com.br/2013/08/a-outra-historia-americana-american.html), um
executivo pacato e entregue à apatia gerada pelo vazio do fútil consumismo
alimentado pelo sistema capitalista. Este conhece e torna-se amigo de uma das
personagens mais insanas que eu já vi (e me apaixonei), Tyler Durden.
Interpretado de forma genial por (ninguém menos que) Brad Pitt, Tyler é um
ávido anticapitalista pregando uma ideia apenas (que mais parece um tsunami de
ideias): a autodestruição. Ou seja, a destruição do homem entregue aos padrões
capitalista.
Reflexões simples como “você não é o seu carro, nem as coisas que
possui; você também não é o seu emprego” são o objeto principal de toda a
trama que prende o espectador/leitor porque, simplesmente, estamos nesse
sistema e (pasmem) MUITAS VEZES NOS PEGAMOS CLASSIFICANDO TUDO DESSA MANEIRA
ENTRE NÓS MESMOS. E quão frustrante é estar alienado de si próprio! Sim, é
frustrante! Dá vontade de gritar, fugir, bater em algo... Ou alguém. E é essa a
ideia desenvolvida quando esses dois homens se encontram e fundam o CLUBE DA
LUTA. O Clube da Luta é organização anticapitalista que visa a liberdade da
essência humana, em que homens cansados do sistema se reúnem para lutar e
extravazar suas infelicidades mais profundas. Muita gente acha desnecessária a
violência representada no filme, todavia as lutas são uma perfeita metáfora do
desespero do homem contemporâneo.
Tanto as mensagens
anticonsumismo presentes no filme quanto a paranoia existente nas principais
personagens (e quem já assistiu SABE do que eu estou falando) genialmente
empregadas, fazem desta obra, um dos maiores gritos da sociedade atual nas
livrarias e nas telas. É um filme/livro perigoso, sim, as ideias sugeridas são
muito densas e até podem frustrar àqueles não muito familiarizados com a
realidade. Para quem gosta de temas como conspiração, manipulação do inconsciente
coletivo, ação, drama, finais de aplaudir de pé e de queixo caído, essa é uma
boa pedida para o final de semana (e sempre!).
Conheça as regras do Clube da Luta
1ª Regra: "Nunca comente sobre o Clube da Luta".
2ª Regra: "Nunca comente sobre o Clube da Luta".
3ª Regra: "Quando alguém gritar "pára!", sinalizar ou desmaiar, a
luta acaba."
4ª Regra: "Somente duas pessoas por luta".
5ª Regra: "Uma luta de cada vez."
6ª Regra: "Sem camisa, sem sapatos."
7ª Regra: "As lutas duram o tempo que for necessário."
8ª Regra: "Se for a sua primeira noite no clube da luta, você tem que
lutar!"
Frases marcantes (demaaaaaaaaais) do filme:
"As
coisas que você possui acabam possuindo você".
"Trabalhamos
em empregos que não gostamos para comprar um monte de coisa que não
precisamos."
"Quando
se tem insônia você nunca dorme de verdade e você nunca acorda de
verdade."
"É apenas depois de perder tudo que somos
livres para fazer qualquer coisa."
"Esta é a sua vida, e ela está acabando
um minuto de cada vez."
"Seu emprego não é o que você é, nem o
quanto ganha ou quanto dinheiro tem no banco. Nem o carro que dirige, nem o que
tem dentro da sua carteira. Você é uma merda ambulante do mundo."
"Escutem
aqui, vermes. Vocês não são especiais. Vocês não são um belo ou único floco de
neve. Vocês são feitos da mesma matéria orgânica em decomposição como tudo no
mundo."
"Saia do seu apartamento. Encontre uma
pessoa do sexo oposto. Pare com a compra e a masturbação excessiva. Peça
demissão. Comece uma luta. Prove que você está vivo. Se você não for atrás da
sua humanidade, você vira uma estatística."
"Fomos criados através da Televisão para
acreditar que um dia seriamos milionários e estrelas de cinema, mas não nos
tornamos isso, estamos muito, muito putos, e aos poucos, tomamos
consciência."
"Não
queira ser completo, nada de querer ser perfeito. Pare de tentar controlar tudo
e deixe o barco correr."
Onde eu compro o livro?
Meus amores, procurei na net o lugar mais barato e confiável e achei no
Saraiva.com
Pra quem quiser ler o livro, vale a pena.
Alguém já levou a sério a proposta do filme?
Siiiiiiiiiiiiiim, sim, sim!!! Gente! Nesse mundo tem de tudo! Li no
Literatortura e na VICE uma matéria, no mínimo, impressionante sobre O Clube da
Luta Russo, O “Família
Ronin”.
Lá em Moscou (pra quem quiser, né, vai
saber...), funciona para que você –
disposto a pagar aproximadamente R$2.100 para bater e apanhar o quanto quiser –
“transforme-se de cidadão urbano à um homem de verdade”, sofrendo tortura
física e psicológica.
Uma das regras
do “Família Ronin”, por exemplo, é a seguinte: no segundo dia de treinamento
você deve contar para todo o grupo a pior coisa que tenha feito na vida e nunca
teve coragem de contar à ninguém. A fotógrafa Maria Turchenkova teve a ideia de
registrar imagens e escrever sobre o clube após ver um anuncio do grupo no jornal,
contou em entrevista à revista VICE que os exercícios físicos eram muito
pesados: eles chegavam até mesmo a lutar com facas de madeira entre si. Aqueles
que desistiam, não podiam mais voltar. E se voltassem, se deparavam com outra
regra: de acordo com Maria, deveriam “enfrentar a própria desgraça”.
Para ler o artigo, na íntegra, e ver fotos, acesse:
e também...
Bem... Como já dizia uma voz da minha infância, ISSO É TUDO, PESSOAL! Ahahahahah
Espero que gostem, assistam, comentem, compartilhem, lutem (brincadeiraaaaaaa ahaahhaha) e tenha aquele momento inteligente no final de semana.
Beijo grandalhão e até mais.